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Relatório de estagio psicopedagogia Clinica

Relatório de estagio psicopedagogia Clinica

             Introdução  

A Psicopedagogia é um campo de conhecimento e atuação em Saúde e Educação que lida com o processo de aprendizagem humana, seus padrões normais e patológicos, considerando a influência do meio - família, escola e sociedade - no seu desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios.

A Psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem e suas dificuldades, tendo, portanto, um caráter preventivo e terapêutico. Preventivamente deve atuar não só no âmbito escolar, mas alcançar a família e a comunidade, esclarecendo sobre as diferentes etapas do desenvolvimento, para que possam compreender e entender suas características evitando assim cobranças de atitudes ou pensamentos que não são próprios da idade. A psicopedagogia clínica deve identificar analisar, planejar, intervir através das etapas de diagnóstico e tratamento.

O profissional terapêutico deverá estar preparado para atender crianças ou adolescentes com problemas de aprendizagem, atuando na sua prevenção, diagnóstico e tratamento clínico.

O psicopedagogo, através do diagnóstico clínico, irá identificar as causas dos problemas de aprendizagem. Para o tratamento são realizadas diversas atividades, com o objetivo de identificar a melhor forma de se aprender e o que poderá estar causando este bloqueio. Cabe o Psicopedagogo utilizar recursos como jogos, desenhos, brinquedos, brincadeiras, conto de histórias, computador e outras coisas que forem oportunas. Para Weiss (2000), a prática psicopedagógica deve considerar o sujeito como um ser global, composto pelos aspectos orgânico, cognitivo, afetivo, social e pedagógico.

A criança, muitas vezes, não consegue falar sobre seus problemas e são através de desenhos, jogos, brinquedos que ela poderá revelar a causa de sua dificuldade. É através dos jogos que a criança adquire maturidade, aprende a ter limites, aprende a ganhar e perder desenvolve o raciocínio, aprende a se concentrar, adquire maior atenção.

Cabe o Psicopedagogo ajudar a criança ou adolescente, a encontrar a melhor forma de estudar com a finalidade de que ocorra a aprendizagem. É fundamental que o Psicopedagogo conheça como e o que o sujeito aprende. O terapeuta deve estar preparado para administra, possíveis reações negativas do paciente frente algumas tarefas, tais como: resistências, bloqueios, sentimentos, lapsos etc. E não parar de buscar, de conhecer, de estudar, para compreender de forma ao chegar o mais próximo possível da realidade da criança ou do adolescente. Tão criticados por não corresponderem às expectativas dos pais, colegas e professores.

         Apresentação

         Apresentação.  O Estágio Supervisionado de Psicopedagógica Clínica, do curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia Institucional e Clinica – do Centro Universitário Ítalo brasileiro, tendo em vista a necessidade de uma experiência de prática psicopedagógica o aluno Antonio Nascimento Santos aplicou grande parte dos fundamentos aprendidos ao longo do curso, com os princípios teóricos e metodológicos, estudado e supervisionado em sala de aula.

        O Estágio Supervisionado foi realizado em uma escola da Rede Publica Estadual – E.E.E. F(XXXXXX).  Localizada à Rua (XXXX) nº 195 Cid. Ademar-SP. Carga horária de 30 horas, início no dia 23 de Março e terminou no dia 10 de Maio de 2012. O relatório é composto da descrição das atividades, de observações e de experiências vivenciadas no período do estágio, de acordo com as teorias de: Jorge Visca, Jean Piaget, Fernandez, Moojen, Bossa, Pain, e outros. A

 O estagio oportunizou colocar em pratica as atividades e o conhecimento adquirido no decorrer do curso adquiridos, colocando-me em contato com o ambiente de trabalho e a tomada de consciência da importância do trabalho do Psicopedagogo.

Nos anexos encontram-se as fichas normalizadoras desse estágio, com as descrições das provas e algumas cópias das atividades aplicadas com o aprendeste.

O estagio foi realizado com o aluno A. L. de S. de 8 anos deidade  estudante da 3ª serie do ensino fundamental l.

Recebi a queixa por meio da coordenadora pedagógica da escola que por vez recebeu pedido de auxilio da professora do aluno A. L. de S. que apresenta dificuldade na aprendizagem. Segundo a professora o aluno é dislexo.  Num primeiro momento fiz uma sessão  (entrevista) com o aluno A. L. de S. depois pedi a coordenadora marcar com a mãe uma entrevista. A entrevista foi marcada e mãe veio no dia e na hora marcada.

A anamnese com a mãe foi realizada em duas sessões. Na primeira sessão a mãe veio só, falou que o marido estava trabalhando, ela falou das dificuldades revelou que aluno A. L. de S. tinha um problema de visão, em casa ele usava óculos, tinha 6 graus em e 5 graus no outro, ela deu todas as informações pedidas naquele momento e colaborou com o trabalho, embora estivesse falando a verdade me pareceu que não estava à vontade, senti tinha algo que não estava se escachando. Procurei a ela se eu poderia ligar para marcar uma outra sessão caso necessitasse. Respondeu que sim. Após alguns liguei a marcamos a sessão, ela veio com marido, agora mais a vontade, respondeu todas as perguntas e deu algumas pistas que me fez ter melhor compreensão do quadro do paciente.

Atividades realizadas com o aluno A. L, Avaliação com o aluno, a hora do jogo, par educativo e prova pedagógica. O aluno realizou as atividades, mas como decorrer do tempo demonstrou um pouco de desinteresse. Compareceu todas as sessões, uma inspetora de aluno da escola ia buscar na sala de aula. Desenvolveu as atividades de maneira não satisfatória, não gostou das atividades, mas fez todas, até as que não sabiam, demonstrou desinteresse e às vezes abandonava a atividade.

Dados gerais

Nome: A. L. de S

Data de nascimento: 28/02/2004

Idade: 8 anos

Sexo: masculino

Série: 3ª serie

Escola que estuda: “E. E. E. F. Prof. (XXXXXXXXXXXXX)”.

 Nome do pai: C. A. de S

Nome da mãe: T. S de S.

Mora com os pais: sim

Quantidade de irmãos: quatro

A queixa

A queixa veio por meio da coordenadora da escola que por vez recebeu pedido de auxilio da professora do aluno A.L de S. que apresenta dificuldade na aprendizagem. Segundo a professora o aluno é dislexo. - Não consegue aprender, um dia parece silábico com valor no outro já não consegue e isso ás vezes acontece em um mesmo dia, em uma atividade consegue e em outra não, isso também acontece com os números, não consegue relacionar números a quantidade, é muito desatenta e desinteressada, apresenta carência afetiva e seu comportamento é diferente quando fala de mandar bilhete para os pais. Parece entrar em pânico tem medo, não posso usar de ameaça na sala de aula, sou professora minha função é ensinar, o aluno A. L. na sala de aula é inquieto, quer minha atenção todo tempo, eu tenho a sala pra dar atenção, não só a ele, mas todo.

Cronograma dos estágios

Data

         Descrição das atividades

Carga

           Horária

26/03/2012

        Visita a Escola

03 horas

29/03/2012

        Avaliação com o aluno

02 horas

03/03/2012

        Levantamento de dados c/ a prof.

02 horas

31/03/2012

        Elaboração de atividade

02 horas

02/04/2012

        Anamnese com a mãe

02 horas

04/04/2012

        Elaboração de atividades

02 horas

05/04/2012

        A hora do jogo

02 horas

09/04/2012

        Elaboração de atividades

02 horas

13/04/2012

        Prova projetiva

03 horas

23/04/2012

        Elaboração de atividades

02 horas

26/04/2012

        Prova pedagógica

03 horas

26/04/2012

        Supervisão de estagio

03 horas

3/05/2012

        Supervisão de estagio

03 horas

03/05/2012

        Prova operatória de Piaget

02 horas

04/05/2012

         Anamnese com o casal

02 horas

009/05/2012

        Organização de relatório

02 horas

09/04/2012

        Supervisão de estagio

03 horas

        TOTAL

40 horas

      Descrição das sessões de avaliação

Inicio: 26/03/2012

Termino: 09/05/2012

                                

      LOCAL: E. E. E. F. J. B. Cartellões                                           

      Estagiário: Antonio Nascimento Santos – RA 4056

      Avaliação: aluno: A. L. de S

      Atividades:

·         Avaliação com o aluno.  Realizada em uma sessão uma com o aluno com a finalidade de familiarização, e saber da motivação do aluno em relação à escola.

·         Anamnese: foi realizada em duas sessões: a primeira só com a mãe e a segunda com o casal. Responderam todas as perguntas naquele momento e colaborou com o trabalho.

·         A hora do jogo. Realizada em uma sessão com objetivo de despertar a curiosidade e o imaginário do aluno diante do desconhecido.

·         Prova projetiva. Realizado uma sessão com produção de dois desenhos. 

    

·         Prova pedagógica. Realizado duas sessões no mesmo dia. 1ª sessão prova Português e segunda sessão prova de matemática.

·         Prova operatória de Piaget. Realizado em uma sessão com três atividades: 1ª atividade prova de conservação; 2ª atividade, pequeno conjunto de elementos e 3ª atividade quantidade de liquido.

Materiais utilizados: papel almoço, lápis, borracha e caneta, lápis de cor, Gil de será letra móvel, barbante papel sufite, massinha, bolinhas, copo transparente, e outros...

Objetivo: Identificar a origem das dificuldades de aprendizagem apresentadas pela criança.

           Relatório psicopedagógico

Nome: A. L. de S.

Data de nascimento: 23/11/2002

Escola: E. E. E. E. Prof. J. B. Castellõe

Inicio da avaliação: 29/03/2012   

          Termino da avaliação 04/05/2012

Avaliação com aluno.  

(WEISS 2008 p.52) denomina de entrevista situacional exploratória. Realiada no dia 29/ 03/ 2012.  Teve com objetivo compreende a queixa, criar um vinculo de confiabilidade entre terapeuta e paciente e obter informações, relatada pelo paciente de sua historia de vida. A entrevista foi realizada só o paciente, pois o mesmo está na pré-adolescência.

Iniciei a entrevista com a vida escolar em seguida passei para a vida social e por ultimo a vida emocional.

Vida escolar: como ver a escola, do que mais gosta na escola e do que menos gosta na escola, quais as matérias que tem maior ou menor dificuldade na escola, se gosta ou não da professora, se gosta mais da escola ou estar com os amigos quanto tempo dedica nas lições de casa:

Vida social: o que faz quando não está na escola, o que mais gosta de fazer, com quem brinca o que faz nos fins de semana, se gosta ou não de TV.

 Vida emocional: qual o nome de sua mãe, qual é o nome de seu pai, o que sua mãe faz e seu pai o que ele faz, você tem irmãos, os irmãos são mais velhos ou mais novos, você mora em que lugar, você mora com quem, como é a vida em sua casa (convivência) familiar, que horas você vai dormir, você dorme com quem, quem cuida de você quando não esta na escola.

Após apoderar de essas informações solicitei a coordenadora da escola que ligasse para a mãe para marcar a entrevista (anamnese).

            Anamnese com a mãe

             No dia 02/04/ e 04/ 05 /2012, foi realizada a anamnese com a mãe do aprendente A. L de S. Com objetivo de coletar informações sobre os aspectos: antecedentes familiares, desenvolvimento infantil, desenvolvimento sócio-afetivo e de conduta das atividades realizadas diariamente e a queixa.

Quanto à gestação, segundo, a mãe foi normal exceto por ser gênios paterno, o casal já tinha dos filhos anteriores a mãe não fez nenhum tipo de tratamento para engravidar, essa gravidez ocorreu após 4 ano de casada a estava  com 23 anos na época da concepção. Não houve planejamento familiar, é a terceira na ordem das gestações, foram feitos os exames exigidos no pré-natal e não teve nenhuma doença infecciosa na gravidez.

O parto foi normal com intervalo de aproximadamente 15 minutos entre o nascimento da irmã e o nascimento do A. L de S. Ele teve um problema de respiração e ficou 2 dias na sala de incubação, após esse período recebeu alta e vieram para casa

Quanto ao seu desenvolvimento, sua alimentação foi natural até os 8 meses de vida, após, alimentou-se através de mamadeira. Não apresenta nenhuma atitude estranha ao comer comida de sal nem distúrbio estranho ao dormir, dorme com os irmãos em quarto separado dos pais.

Começou a andar com 1½ ano não engatinhou e começou a falar as primeira palavras aos 1 anos, apresenta hábitos de higiene normal  em casa desde de beber após voltar da escola é cuidado por uma senhora, que cuida de varias crianças, até a mãe voltar do serviço. Na conversa a mãe falou que o A. L. em casa usava óculos em casa 6 graus em um olho e 5.5 no outro e que na escola ele não usava para evitar gozação dos colegas. Fiz intervenção pedindo que no dia seguinte ela mandasse o A. L. com os óculos.

O aluno único problema de saúde que apresentou até hoje foi uma meningite, segundo o laudo médico não houve danos.

Frequentou o jardim de infância por alguns meses antes de entrar na pré-escola.  Aparenta gostar da escola, da professora, pois fala muito dela, seu rendimento escolar é bom.

Na primeira entrevista a mãe veio à escola atendendo um pedido da coordenadora, deu-me o seu telefone e me autorizou ligar, caso precisasse, para esclarecer dúvidas, e que o marido estava à disposição, o pai não estava. Ela nos deu todas as informações pedidas naquele momento e colaborou com o trabalho. Após realizar algumas atividades com o paciente tive a necessidade de remarcar outra entrevista com a mãe, PAIN (2008 p.35), chama de historia vital. Desta vez ela veio com o marido e responderam todas as perguntas. Em nossa conversa pude perceber que estão preocupados em dar aos filhos melhores condições econômicas e esquecem-se da afetividade e do emocional

Quando perguntei se o A. L. já teve algum problema de saúde a mãe respondeu, sim, o parto foi normal, mas ele nasceu com um pequeno problema respiratório e teve que ficar dois dias na sala de incubação, também teve meningite, mas o laudo médico disse que ele não teve nenhuma lesão, questionei se algum parente teve problema de aprendizagem, ela respondeu sim o cunhado e o irmão os dois não conseguira aprender nada na escola. A mãe atribui à dificuldade de aprendizado de A. L. o fato de dele não ter feito o 1º ano já ter entrado na escola no 2º ano devido a idade e a mudança no sistema de ensino de 8 para 9 anos.

A hora do jogo

A atividade realizada com A. L de S no dia 05/04/2012. Nessa atividade, por ser uma atividade lúdica, o objetivo é descobrir como a criança brinca e em que condições, pois a finalidade é descobrir em que momento deu a ruptura da aprendizagem e qual o nível de gravidade.

Material utilizado, caixa branca contendo: lápis, apontador, borracha, Gil de cera, papel de desenho, papel ao maço, barbante, lápis de cor, caneta esferográfica, caneta de cor, caneta marca texto, tacinhas, dominó, régua, trena, parafusos, porcas, bolinha, maçaneta de porta.

 Na atividade proposta o aprendente demonstrou timidez e falta interesse em abrir a caixa, abriu-a pegou todos os objetos reconhecendo-o e falando nome de cada um, não quis brincar, pedir-lhe que fizesse alguma coisa com os objetos, no entanto falou que não queria novamente pedir-lhe que fizesse um desenho ou uma redação, respondeu que não queria, então encerramos a sessão.

Nessa atividade pressupõe que não houve aprendizagem, pois o aprendente não conseguiu formular uma organização simbólica dos objetos e construir um novo.

Prova projetiva.

Atividade realizada no dia 13/04/2012. Com objetivo de identificar a modalidade de aprendizagem e proporcionar um meio concreto para que o aprendente projetem conteúdos que estão presente em seu inconsciente e investigar os vínculos que o mesmo pode estabelecer na escola, na família e consigo mesmo.

Material: papel de desenho, papel ao maço, lápis, apontador, borracha, lápis de cor, giz de cera, caneta esferográfica, caneta de desenho e requa. 

Nesse dia foram realizadas duas atividades. A primeira pedir ao aprendente que fizesse o desenho de sua família. Ele pegou o material e começou a desenhar, enquanto isso eu fui olhando o material escolar dele. Quando terminou o desenho, procurei que é que no desenho, ele começou do meio do desenho pela mãe foi para a irmã pulou para o outro lado o irmão a outra irmã e ele bem no cantinho, então procurei e seu pai? Ele respondeu esta aqui ‘no outro canto da pagina’. Pedir que colocasse os nomes. Ele respondeu não consigo.

Na segunda atividade. Pedi que fizesse um desenho de uma pessoa ensinando outra. Ele demonstrou falta de entendimento e de interesse, entretanto fez, pegou uma folha de papel, caneta e lápis e começou a desenha, enquanto isso continuei, olhando seu material escolar,  quando terminou o desenho me entregou, eu pergunte quem era as duas pessoa, ele respondeu que era ele e seu amigo, perguntei quem esta ensinando, ele respondeu que ele estava ensinando seu amigo a historia de João e Maia. Encerramos a sessão.

Seu desenho sobre a família colocou sua mãe como a pessoa mais importante e seu pai ocupando o último lugar na família. Já par-Educativo ele se colocou em posição de destaque.

Nessa atividade pode constatar que o aprendente, tem dificuldade de assimilação tem baixa alto-estima, carência afetiva, baixo vincula emocional nas esferas escolar, familiar e consigo. 

 Prova pedagógica.     

Atividade realizada no dia 26/04/2012. Teve como objetivo Verificar a capacidade de compreensão da leitura e da matemática do aprendente.

Material: alfabeto e número móvel.

Neste dia foram desenvolvidas duas atividades de fixação, uma de leitura do alfabeto e a outra de matemática. Na primeira atividade ele teria que reconhecer as letras do alfabeto. Na segunda atividade teria que reconhecer a sequencia numérica de 0 a 9 e conta de somar.

Na primeira atividade o aprendente demonstrou saber o alfabeto de cor, mas não conhece as letras. Já na segunda atividade o aprendente reconhece os números, no entanto não é capaz de fazer conta escrita, precisa contar nos dedinhos.

Nas atividades propostas o aprendente apresentou desconhecimento do alfabeto, mas conhece os números de 0 a 9, contudo ainda não é capaz de fazer conta (soma) escrita, porém pode ser percebidos avanços na aprendizagem do mesmo.

Prova operatória de Piaget

Atividade realizada dia 03/05/2012 teve como objetivo detectar o nível de pensamento do aprendente ou, o nível da estrutura cognitiva com que o mesmo é capaz de operar.

Foram utilizadas duas provas operatórias de Piaget para analisar em que medida as informações são absorvidas pelo aprendente.

Primeira atividade.  Prova de conservação de pequenos conjuntos.

Material.  Uma folha de cartolina, com um traço ao meio, quatro bolinha e quatro mini copo.

Pergunta. Qual é o conjunto que tem mais elemento?

Essa prova teve a finalidade diagnosticar a capacidade do aprendente  em  estabelecer  comparações  entre os conjuntos e equivalência numérica de quantidades, apesar das transformações de configuração que efetuam, fazendo previsão de  correspondência termo a termo. 

Ao realizar a atividade o aprendente apresentou grau de construção operatória em Nível três, ou seja, ele atingiu o nível operatório no domínio testado.

Segunda atividade Prova de conservação da quantidade de líquido.

Material. Jarra, copos e água.

Pergunta. Qual o recepte tem mais água?

As ações de realização da prova aconteceram diante do aprendente. O mesmo confirmando que na ação inicial onde se tinha dois recipientes iguais com água havia a mesma quantidade de água. Quando acontecia a transferência para outro recipiente de formas diferentes: copo longo e fino outro /fundo e grosso) ele mostrava que os dois tinham quantidade diferente de água demonstrando que não tem total domínio quanto à conservação de quantidade de líquidos.

Parecer diagnóstico

A.L. de S., nascido em 2004, filho de T. S. Foi encaminhado para exame psicológico, solicitada pela coordenação pedagógica em função da seguinte queixa: da professora tem 8 anos, está cursando o 3°serie do Ensino Fundamental, estuda no turno vespertino em uma escola da rede pública estadual da  cidade de São Paulo, tem apresentado comportamento de inquietude na sala de aula o que tem causado alguns constrangimento a professora. Não consegue ler e escrever como um aluno da sua idade fazer, não consegue fazer as atividades e não tem motivação em melhorar a sua aprendizagem, o que o talvez o leve a repetência este ano; o aluno ainda não consegue ler, reconhece os numerais, identifica as cores e reconhece as noções de direito e esquerdo. 

Nas atividades psicopedagógicas aplicada foi percebido que o aprendente tem dificuldades de aprendizagem. O mesmo cursa 3° serie do ensino fundamental. Segundo a última sondagem aplicada pela professora e por min. analisada o aprendente é silábico sem valor, pois, ainda não consegue identificar as letras do alfabeto, e não consegue escrever nem o seu nome.

 Para formular o diagnóstico foi utilizado como instrumentos de avaliação: avaliação co o aluno, anamnese com a mãe, duas sessões entrevista semi-dirigida, aplicação de algumas atividade psicopedagógicas e observação sobre visão, audição, e esquema corporal, lateralidade, coordenação motora e reconhecimento das cores.

 Após a análise dos dados obtidos durante o processo de aplicação das atividades constatou que o aprendente apresenta dificuldades de aprendizagem, na leitura, na escrita e na matemática. O aprendente tem baixa memória visual (DROUET 2006 p.59), e tem boa memória auditiva, (DROUET 2006 p. 52), baixa atenção, comportamento agitado e baixo alto-estima. Observando as áreas específicas que compõem o ser em sua totalidade, foi identificado que:

 Em relação à área cognitiva apresentou baixa atenção memória, concentração, conceito de número, pois reconhece os numerais, tem defasagem quanto à competência linguística, não identificando as letras do alfabeto. Demonstrou os conceitos direito e esquerdo fazendo a associação dos lados quando é lhe perguntado com qual mão escreve. O aprendente também identifica as cores básicas.

 No nível emocional foram percebidos sentimentos de ausência do pai, e baixa autoestima. O aprendente a sessões de avaliação com o aluno, quando perguntado por que não quer aprender; argumentou que quer muito aprender mais não consegue, gosta da escola, da professora, dos colegas de turma.

   Sobre o aspecto pedagógico apresenta uma modalidade de aprendizagem de dependência.  Toma pouca iniciativa, e precisa ser conduzido nas suas produções, bem como necessita de incentivo constante no trabalho que realiza. Esse comportamento representa ser o fruto da defasagem no seu processo de conhecimento, apresenta um comportamento expresso de dificuldade de leitura e da escrita. Também foram identificadas características de DMC (DROUET 2006 p.128 a131) associado à disgrafias, (DROUET 2006 p.131), e a discalculia (DROUET 2006 p.131), aprendente.

Conclusão de estagio

Considerando o papel desempenhado pelo psicopedagogo clínico. Perceber o quanto é valioso o trabalho desse profissional. Intervir na vida do educando  com dificuldades de aprendizagem, estimulando-o a superar suas limitações e trazendo de volta sua auto-estima.

É fundamental para psicopedagogia que  trabalha com dificuldades de aprendizagem relacionada com a linguagem considerar a queixa como um instrumento relevante para o atendimento educacional e a tomada de providências. A queixa constitui um item em separado e importante da anamnese que se refere ao histórico da vida do paciente desde os sintomas do educando até o momento da observação psicopedagógica, realizadas nas avaliações diagnostica de desempenho do paciente. Diagnóstica vem do grego diagnóstikós e quer dizer  'capaz de distinguir, discernir’.

A palavra dislexia refere-se à perturbação na aprendizagem da leitura pela dificuldade no reconhecimento da correspondência entre os símbolos gráficos e os fonemas, A disgrafia tem uma natureza ou etiologia mais patológica. Na Neurologia, termo refere-se à perturbação da escrita por distúrbios neurológicos. Já Discalculia  é definido como uma desordem neurológica específica que afeta a habilidade de uma pessoa de compreender e  manipular números. A disortográfica, no âmbito da  psicolinguística refere-se à dificuldade no aprendizado e domínio das regras ortográficas, associada à dislexia na ausência de qualquer deficiência intelectual.

Considerando os resultados obtidos nas atividades psicopedagógica realizadas com aluno A. L. de S. conclui-se que o mesmo precisa de acompanhamento com profissionais multidisciplinares, Psicólogo, Oftalmologista, Neurologista e Psicopedagogo, por apresentar baixa capacidade de concentração, baixo alto-estima, dificuldade oftalmológica imaturidade cognitiva e consequentemente dificuldade de aprendizagem, influenciando negativamente seu desempenho escolar.

Comentário do estagiário

Quando a professora falou que iríamos fazer estagio, veio-me ao pensamento algumas questões: como vou estagiar? Se não tenho informação sobre psicopedagogia! e onde vou estagiar se não conheço nenhuma clinica psicopedagógica? Mas, eu sabia que essa situação era apenas só mais um desafio que teria de encarar, sabia também que tudo ira dar certo, bastaria seguir as orientações da professora e buscar informações teóricas psicopedagógicas sobre dificuldade de aprendizagem e também sobre o caso especifico da queixa.

No primeiro momento tive a ideia de procurar uma escola, mesmo sem informações, o que foi me aberto às portas, procurei saber qual era o problema do aluno. Após a informação procurei obter informação sobre o problema e voltei a pedir orientação da professora e seguir passo a passo. De posse das informações e das orientações da professora sentir seguro, fui à luta, procurei me apresentar com segurança e transmitindo confiabilidade, isso fez com que pessoal da escola fosse atencioso comigo e me tratassem como um profissional, respeitando-me e não interfere no meu trabalho, todos foram bastante receptivos e fizeram questão de me deixar a vontade. O ambiente foi muito prazeroso e bastante agradável. Eles contribuem de forma significativa para que eu realizasse o estagio prazerosamente, a tal ponto que irei dar continuidade no trabalho, foi um trabalho de parceria, fui beneficiado e acredito que eles, o aprendente e os familiares também foram. Já estão usufruindo do fruto do estagio, pois, “com a intervenção houve uma melhoria significativa do aluno” fala da professora com os pais.

O estagio me tomou bastante tempo, dedicação e reflexão sobre o que eu quero para minha vida profissional, se quando entre na pós de psicopedagogia, queria clinica, agora com o estagio tenho mais e mais certeza que verdadeiramente é o que quero pra minha vida. Sentir que estava e posso contribuir deserta maneira com aquele que tem um problema. Isso é algo ‘muito’ prazeroso não tem dinheiro que paga, o pagamento é o prazer de sentir que foi útil em poder ajudar, por isso o estagio não foi cansativo, ao contrario foi algo prazeroso.

  Referencia bibliografia

  AFFONSO, Márcia. Pratica Psicopedagógica – reflexões Inteligência e desejos, art. f. 1 periódico, ABP.

CHAMAT, Leila sara leme. Psicopedagogia clinica na abordagem interacionista. São Paulo: ed. Vetor, 2004.

DROUET, Ruth Caribé da Rocha. Distúrbio da aprendizagem, ed.4ª são Paulo: ed. Ática, 200.

FERNANDE, Alice. A inteligência aprisionada: abordagem psicopedagógica clinica da criança  e sua família, Porto Alegre ; ed artes medicas, 1991

PAIN, Sara. Diagnostico e tratamento dos problemas de aprendizagem/ tradução Ana Maria Netto Machado. Porto Alegre: ed. Artemed,1985

           SCOZ, Beatriz. Psicopedagogia e Realidade Escolar. Petrópolis, Rio de    Janeiro: Vozes, 1994.

VISCA, Jorge. Técnicas projetivas psicopedagógicas e pautas gráficas para sua interpretação - 1ª ed.Buenos Áries; & Visca, 2008.

 WEISS, Maria Lucia Lemme. Psicopedagogia clinica- uma visão  diagnostica dos problema de aprendizagem escolar. ed.13ª Rio de janeiro: ed. lamparina, 2008                                         .

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Testes Psicopedagógicos

Psicopedagogia   Testes   Testes Psicopedagógicos para Baixar e Imprimir  12 de setembro de 2017   Daliane Oliveira    40 Comentários Sugestões de Testes para Psicopedagogos Testes Psicopedagógicos  são instrumentos que auxiliam o profissional a identificar dificuldades de fala, leitura ou escrita. A identificação do problema por meio dos  testes psicopedagógicos  permite que profissional elabore o plano de intervenção mais apropriada para cada paciente/aprendente. Principais características dos testes psicopedagógicos Existem atualmente diferentes tipos de  testes psicopedagógicos , pois é possível avaliar diferentes dificuldades. Os  testes psicopedagógicos  são compostos de várias formas principalmente por histórias, já a tarefa exigida pode ser diferente, pois pode ser solicitado que o sujeito conte uma história, escreva uma história ou ainda invente uma história. A aplicação dos  testes psicopedagógicos ...

Tabela Oficial de Pagamento e Referencial de sessões para os profissionais da Psicopedagogia SINDICATO DOS PSICOPEDAGOGOS DO BRASIL CNPJ: 24.158.942/0001-60 RUA 13 DE MAIO, 883, SALA 7 CENTRO – NORTE TERESINA-PI 64000-150 (86) 3305-2552 DIRETRIZES DA I CONVENÇÃO DE DISCUSSÃO DOS TRABALHADORES DE PSICOPEDAGOGIA DO BRASIL O SINDICATO DOS PSICOPEDAGOGOS DO BRASIL, cumprindo suas prerrogativas conferidas pelo Artigo 3º, do seu Estatuto Social, e considerando a realização da I CONVENÇÃO DE DISCUSSÃO DOS TRABALHADORES DE PSICOPEDAGOGIA DO BRASIL dentro do III CONGRESSO DE PSICOPEDAGOGIA que ocorreu em 11 de Junho de 2017, no Auditório do Ondamar Hotel, na cidade de Recife, Pernambuco para discutir Recomendações sobre valores referentes a Pisos Salariais e Valores mínimos a serem cobrados por atendimento daqueles profissionais que trabalham de modo liberal, tudo isso por sua vez, com o objetivo de valorizar a Categoria dos Psicopedagogos e a dignidade desta profissão, além de servirem como uma bandeira de luta. Considerando ainda que as discussões e devidas deliberações dos profissionais presentes de cada região do País havidas nessa convenção foram aprovadas em plenária, resolve: Criar DIRETRIZES BÁSICAS DE VALORES a serem pagos como PISO SALARIAL nas diversas regiões do país POR HORA DE TRABALHO assim como, de VALORES MÍNIMOS a serem cobrados pelos profissionais quando do ATENDIMENTO INDIVIDUALIZADO, QUANTIDADE DE PROFISSIONAIS POR ALUNOS NAS ESCOLAS a clientes de acordo com as seguintes tabelas até o ano de 2019. TABELA 1.0 REGIÃO PISO SALARIAL POR HORAS DE TRABALHO 20H 30H 40H NORDESTE 1.500,00 3.550,00 5.000,00 SUL 2.400,00 3.600,00 5.000,00 SUDESTE 2.400,00 Optaram Por Não Existir Planos Salarial Para 30h 4.800,00 NORTE 2.900,00 4.350,00 5.800,00 CENTRO OESTE 2.400,00 3.600,00 5.000,00 Na seguinte tabela foi sugeridos quantidade de aprendentes (clientes) máximo para atendimento por carga horária em escolas, clínicas, centro de atendimentos psicossocial, espaços psicopedagógicos e outros ambientes de trabalho com atendimento individualizado houve um consenso para todas as regiões: Tais quantidades foram sugeridos levando em conta a qualidade e a duração máxima 50 minutos. TABELA 2.0 APRENDENTES POR CARGA HORARIA 20H 30H 40H 12 16 A 19 20 A 25 Na tabela abaixo foram sugeridos os valores mínimos a serem cobrados de atendimento psicopedagógico. Sessões com 50 minutos no mínimo. TABELA 3.0 REGIÃO VALOR DE SESSÃO NORDESTE 130,00 SUL 100,00 SUDESTE 100,00 NORTE 145,00 CENTRO OESTE 100,00 Tabela com proporção de alunos para contratação de profissionais para atuação psicopedagógica dentro das escolas pública ou privadas. Fica sugerido para todas as regiões: TABELA 4.0 QUANTIDADE DE PROFISSIONAIS QUANTIDADE DE ALUNOS 1 Até 100 alunos 2 101 a 200 alunos 4 201 A 400 Alunos 5 401 A 601 Alunos 6 601 A 1000 Alunos AS REFERIDAS QUANTIDADES DA TABELA 4.0 REFERE-SE A UM TURNO DE TRABALHO. JOSSANDRA COSTA BARBOSA DIRETORA PRESIDENTE CRPp Sindical 001

SINDICATO DOS PSICOPEDAGOGOS DO BRASIL CNPJ: 24.158.942/0001-60 RUA 13 DE MAIO, 883, SALA 7 CENTRO – NORTE TERESINA-PI 64000-150 (86) 3305-2552 DIRETRIZES DA   I CONVENÇÃO DE DISCUSSÃO DOS TRABALHADORES DE PSICOPEDAGOGIA DO BRASIL O  SINDICATO DOS PSICOPEDAGOGOS DO BRASIL , cumprindo suas prerrogativas conferidas pelo Artigo 3º, do seu Estatuto Social, e considerando a realização da  I CONVENÇÃO DE DISCUSSÃO DOS TRABALHADORES DE PSICOPEDAGOGIA DO BRASIL  dentro do  III CONGRESSO DE PSICOPEDAGOGIA  que ocorreu em  11 de Junho de 2017 , no  Auditório do Ondamar Hotel , na cidade de  Recife, Pernambuco  para discutir Recomendações sobre valores referentes a  Pisos Salariais e Valores mínimos  a serem cobrados por atendimento daqueles profissionais que trabalham de modo liberal, tudo isso por sua vez, com o objetivo de  valorizar a Categoria dos Psicopedagogos  e a  ...

Quadro de testes que podem ser aplicados por Psicopedagogos

Quadro de testes que podem ser aplicados por Psicopedagogos  3 de janeiro de 2019   Daliane Oliveira    10 Comentários Alguns Testes e materiais utilizados na Avaliação, Intervenção e (ou) Acompanhamento Psicopedagógico Antes de realizar o Atendimento Psicopedagógico com o paciente/aprendente o psicopedagogo precisa selecionar alguns testes e materiais que o auxiliem no desenvolvimento de estratégias adequadas para compreender o motivo da(s) queixa(s) apresentadas. O tempo passou e com ele as pessoas mudaram. Uma nova era requer novos olhares, novas fórmulas, novas técnicas, novos recursos. E é isso que estamos propondo com IPI.  Não é um material que irá mudar o processo que já existe, ao contrário, são novos recursos que serão SOMADOS   aos que já são utilizados atualmente . A proposta visa buscar mais informações, visto que grande parte dos pacientes/aprendentes dividem seu tempo estando em vários lugares durante seu dia como:...